sábado, 21 de abril de 2012


Ela era louca e complicada, meia atrapalhada, derrubava tudo o que via e não tinha medo de ser feliz. Ela era cheias de defeitos de fábrica e complicações, mas essa moça não vinha com um manual de instruções falando sobre seu uso. Ela não possuía nenhuma força física, alias, perdia até para a garota mais fraca na queda de braço. Ela machucava com as palavras. Tinha um enorme desenvoltura com elas. Ela pode parecer fraca e frágil na primeira olhada, mas ela tem sua defesa, coloca qualquer um no seu lugar usando seu vasto vocabulário… A menina sonhava alto, dizia que as palavras eram suas melhores amigas, poderiam mover multidões. Sempre teve uma certa aptidão para livros e palavras diferentes, tinha uma certa sede de conhecimento. Odiava a ignorância e a hipocrisia. Fingir ser algo que não é, para ela, era lamentável. A moça amava filmes antigos de romances, lia sempre os livros mais diferentes e gostava mesmo era das músicas antigas. Foi nascida em outra época. A normalidade não era seu forte, era a única palavra que foi excluída de seu vocabulário, não sabia e nem queria ser normal. Ela queria era ser ela mesma. Mas ela era diferente da maioria de sua idade. Enquanto os outros queriam sexo, drogas e rock’n roll, ela queria livros, café e um bom lugar para se observar a paisagem. Ela era uma moça um tanto excêntrica, queria apenas aquele seu mundo. Tinha seu grupo de amigos, só aqueles que ela realmente gostava. Odiava esse negocio de “por conveniência”, ela gostava ou não gostava, não tinha essa negocio de fingir. Era dona do sorriso mais bonito da cidade e era um doce pra quem realmente a conhecia. Cheia de surpresas e de caretas involuntárias, das quais ela fazia de segundo a segundo. Sempre tentando fazer os outros rirem. Era dona das atitudes mais loucas e das palavras mais doces. Tinha fama de palhaça e não suportava ver nenhum dos seus amigos chorar. Ela era dessas meninas que fazem mesmo e não estão nem aí. Corajosa, não tinha medo de pular de asa delta ou ir no brinquedo mais alto no parque. Ela gostava de viver perigosamente, intensamente e apressadamente. Amanhã pode ser tarde demais.

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